sexta-feira, 7 de maio de 2010

A dura realidade das entidades.

Embora cheios de boa vontade, diretores e mantenedores de associações de trabalho social, muitas vezes não sabem como manter as instituições de maneira adequada. Muitas são dependentes de parcerias públicas e sujeitas a literalmente sofrer para conseguir manter um atendimento digno e adequado à população. Por inúmeras vezes já me perguntei sobre esta transferência de responsabilidade que nos é dirigida e o número de cobranças e exigências que nos são feitas.
Fazemos um trabalho que seria de inteira responsabilidade do governo, porém se não nos enquadrarmos nas condições que eles propõe não podemos realizar tais atividades, e se não realizamos, eles também não as fazem, deixando toda uma população distante daquilo que lhe é garantido por lei.
Pode até ser que meu pensamento seja absolutamente errado, aliás estou aberta à críticas e se alguém me convencer do contrário saberei perfeitamente reconhecer onde errei, mas fica uma pergunta no ar: Fala-se tanto nos direitos do cidadão e porque quando ele mais precisa não encontra suporte diretamente no Estado ou no Governo? Porque na maioria dos casos as entidades de diferente denominações religiosas é que são responsáveis por um atendimento que seria de responsabilidade do "Estado". E o que mais nos intriga é perceber que mesmo sem recursos públicos estas entidades se desdobram para manter um atendimento às famílias apenas com doações e o "Estado" exige, quantidade, qualidade e carga horária de atendimento...
São tantos papéis, documentos, registros e reparos, todos os impostos são pagos para sermos cobrados ainda mais.
Acredito que muitos responsáveis pelas organizações já pensaram em desistir um dia diante de tanta burocracia, mas a força que nos leva a continuar é superior a qualquer outro sentimento que se possa expressar, é o mais puro amor pela missão de tentar melhorar a sociedade...

por Daniela Sá.

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